Para quem trata como “teoria conspiratória” as denúncias sobre estratégias norte-americanas de utilização das redes sociais, aí vai o telegram de Hillary Clinton (http://migre.me/veOfu), divulgado pelo Wikileaks.
Os telegramas deixam uma pista relevante sobre a forma de atuação do Departamento de Estado.
O e-mail menciona um café entre Hillary e Marcelo Tas, na época bastante atuante nas redes sociais. Algumas anos antes, Tas havia sido alvo de um ataque gratuito da Veja, por suspeitas de suas inclinações políticas. Rapidamente mudou de posição e, nas redes sociais, em vez do comunicador light e bem-humorado, tornou-se um ativista agressivo, endossando posições à direita.
No e-mail para Thomas Shanon, Hillary menciona os resultados de sua nova estratégia, de conquistar “influenciadores de mídia social”. Depois do café com Tas, pelo Twitter Hillary enviou a ele conteúdos relacionados à Síria. Tas traduziu a mensagem e divulgou para seus quase 2 milhões de seguidores. Com os retuites, a mensagem alcançou “talvez 10 milhões de pessoas”, diz Hillary.
“Ao traduzir e divulgar o conteúdo, ele se tornou seu editor e validador”, diz Hillary. “É uma coisa pequena mas mostra como usar redes para amplificação e validação das nossas mensagens”.